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Amor, um jogo de egoísmo!

As pessoas não estão prontas a dar, apenas a receber. Só estão dispostas a serem os beneficiários.  Querem luz, mas oferecem escuridão;  Querem atitudes, mas limitam-se em proferir palavras que pairam no vento;  ‎Querem voar, mas cortam-te as asas; Querem o verão, mas abandonam-te no inverno, com frio, os ossos congelados de angústia e o corpo imóvel, algemado a um amor destrutivo. Nem um cobertor que fará lareira para aquecer, a não ser fazer-te os troncos debaixo da lareira e deixar queimar até não passares de uma mera cinza. E que cinza acende um fogo? Nenhuma! Só são despejadas por aí, sem que ninguém note. Tudo não passa de um jogo de egoísmo, plantam flores juntos mas não são apreciadas a dois, o mais provável é serem arrancadas por outro e oferecidas a uma outra. Portanto, tu que estás a porta, consigo ouvir o teu sussurro, mas diz-me de quem tiraste as flores murchas que a mim trazes? De quem tiraste o sol que a mim prometes? De quem é o cobertor que pousas em mim? De que

Cansei!

Cansei dos sorrisos que escondem lágrimas, cansei da imagem de forte, de fingir que tudo está bem, enquanto que vivo numa gritaria de desespero por dentro. Estou aprisionada num labirinto, portanto não digam-me que tudo está bem, se não tenho mãos que limparão o meu rosto nem ombro no qual inclinarei, e muito menos braços que afagarão este tormento. Cansei de ser guerreira e perder todas as batalhas da vida, o erro deve ser do meu escudo de amor ou da minha espada de lealdade. Não quero lições de moral, se não  estudaram as mesmas matérias de vida que eu, se não utilizaram a mesma caneta que despedaçou os meus dedos, ao tentar dar voz às minhas palavras mudas. Nesta guerra toda, aprendi que sou a minha própria protecção, aprendi que muitos fugirão ao perceber da minha anormalidade, ao saber que tenho um mundo à parte, longe das normas incutidas por esta sociedade hipócrita. No meu mundo sou fraca, choro, viajo no tempo, imagino o impossível, mas acima de tudo sou eu, sem medos ou re

Mininu di kiriasson

Não fui criada para sonhar, e sim viver a minha sina, afinal sou "mininu di kiriasson" Não deram-me o direito de explorar o mundo, porque sou " mininu di kiriasson " Mãe, Pai, perdôo-vos pelo destino que traçaram para a vossa filha, mas também não imaginavam que seria uma escrava livre. Amor? O que significa essa palavra? Ou sentimento, como dizem? Talvez um dia saberei o prazer de alguém acariciar as minhas dores, e tentar assassinar o imortal. Assisti a morte da esperança Persisto com as cicatrizes de um caminho escuro Danço com a  dureza do trabalho Com tantos sonhos a flutuarem, a realidade mata-os, com cada chicotada e  faíscas de raiva que me são prendiados. Um dia o arco-íris baterá a minha porta, mas será que há qualquer luz na vida de " mininu di kiriasson" ?

N'didjau

N'didjau, nha aguim Bu bai bu ka dispidi Son no kurpu ku bu dispi Gos i ka ku dianti i ka ku trass Npega na sarsari suma Dudu Nada bu ka dixan si ka bu ntudju N'ta barssal pa sinti bu purfumu Ma i tá passan suma fumu N'didjau Bu ta ranham ba, noss no ta namora luna mass sabi Bu tá kontan ba, noss nta kustuma ba eh kassabi Má bu dixan son na si nsibi ba Si nsibi ba na mimau Nim nka na pokentau pá kussas sinhus Larma sintan na korson Ma i nega pá n'odjal, juro abo i un son son! N'didjau, nha aguim... Neisa Medina

Meu abrigo

Uma vida colorida de desilusões Uma criatura com a mão vazia Uma mente rica em frustrações E  o estômago coberto de azia Nada tenho p'ra além do meu eu Que por mim foi esquecido e por ti remido Perdoa-me se não és exaltado até ao céu A culpa não é minha, é das cicatrizes Que em mim  formaram raízes Nada prometo, apenas um mundo de desespero Eu fingirei ser um ser normal  Nas tuas costas carregarás o tempero E tudo transformar-se-á em real Só estou a implorar um amparo Tapa-me os olhos e finge comigo Que a minha alma sofreu um reparo E serei uma mendiga e os teus braços o meu abrigo. Vem, e resgata-me desta escuridão Com um beijo, ilumina este coração Que de sofrimento se cansou E por causa da dor desesperou.

O feiticeiro invisível

Preciso de um vento que me esbofeteie e faça com que volte à realidade. Entraste na minha vida arrebatadamente, invadindo a minha mente bagunçada, arrepiando a minha pele com o teu toque. Sinto as borboletas a pairarem no meu estômago, devem estar atormentadas, a procura de uma saída, mal sabem que nem eu a encontrei. Meu feiticeiro invisível, diz-me que poção introduziste nas tuas palavras, para que me sinta aprisionada a ti. Agora tenho a certeza de que possuo um corpo, com a alma entregue a um (des)conhecido. A tua presença fragiliza-me, a negritude da tua pele brilhante fascina-me e o teu olhar hipnotiza-me, causando uma mudez gritante em mim. Deparo por mim a lembrar o não vivido, a sorrir que nem uma criança quando vê um rebuçado. O fogo desta paixão consumiu-me e o seu ardor é o meu refúgio e reconforto. Só quero cuidar de ti, mostrar-te o lado mais belo e intenso do amor. Não me deixes desamparada debaixo desta tempestade de sentimentos, convido-te a vivê-lo comigo. Prometo

Para ti, Guerreira!

Lenços que escondem histórias, cicatrizes de uma guerreira incansável, tudo provas do teu poder.  Vejo o sofrimento enraizado nos teus olhos; Vejo a esperança escrita no teu coração;  Vejo incertezas do amanhã pelas tuas mãos trémulas, mas deixa-me segurá-las, talvez transmita algum reconforto que há tanto procuras.  ‎ Deixa-me abraçar-te, não por pena, mas por admiração. Não te posso pedir que fujas dessa angústia, mas posso relembrar-te que és a a luz dos que te cercam, que és a inspiração dos demais e a estrela mais bonita de se contemplar. A vida pode ser cruel muitas vezes, mas os nossos feitos são os únicos que ficam.  O teu encanto, a tua essência, a tua força são os teus motores.